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Salamanca: roteiro para 2 (ou mais) dias [lugares e dicas] – P 01

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Olá galerinha do barulho! Fomos visitar a cidade (medieval) de Salamanca. Já esperávamos que fosse um lugar incrível, mas quando chegamos lá, tivemos certeza. Superou todas as nossas expectativas.

Deu pra fazer muita coisa. ainda pretendemos voltar lá, por isso deixamos alguns passeios de lado nessa primeira visita, mas com muita dor no coração. Mesmo assim, conseguimos aproveitar muito mesmo! Recomendamos que o ideal para explorar a cidade e conhecer legal suas ruelas, restaurantes e pontos turísticos, seja de 2 a 3 dias. Quer dizer, 2 dias dá, mas pode ser cansativo e rápido para alguns. Mas se você quer curtir com calma, andar tranquilo, contemplar as paisagens e detalhes das arquiteturas, e conhecer alguns bares e seus Tapas, então é 3 dias.

Na catedral, por exemplo, procure pelo Astronauta e o dragão segurando um sorvete na porta principal da  e ache a rã – uma tradição antiga, sinal de boa sorte – na decoração da fachada de entrada da Universidade de Salamanca. Se você não quer saber onde estes itens se encontram, caso vá viajar para lá e queira achar você mesmo, não clique nos links (eu achei sozinho, o Astronauta, o dragão e A RÃ! Nesse último demoramos para char, e tinha tanta gente, que na hora que achei fiquei muito feliz, dei até uns pulos e gritei! Mas percebi que me olhavam meio bravos e me contive).

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Para começar, fomos de ônibus! Nossa primeira viagem de busão aqui na Espanha. Que show! Primeiro por que é super confortável, segundo que é barato e terceiro, mas não menos importante, que a paisagem é liiinda demais. Pegamos um trajeto chamado “normal”, que é mais barato, mas demora 1 hora e meia a mais. É o clássico ônibus pinga-pinga, que vai de cidade em cidade e dá a maior volta (principais cidades/vilas que entramos: Villacastín, Labajos, Órbita, Arévalo, Albadesca, Madrigal de las altas torres, Peñaranda de bracamonte). Mas meu filho, alô!, você está na Europa, quem liga pra isso? No mínimo nós vimos paisagens impressionantes, passamos por várias cidadezinhas curiosas, algumas delas, com, sei la, 20 casas, e mesmo assim tinha algumas ruínas que pareciam mais velhas que o Brasil, Rsss. Nem preciso dizer que a viagem vale a pena (principalmente se você está turistando! Se você é tipo universitário e faz esse caminho frequentemente, você vai cansar), muita coisa bonita no caminho. Se você não estiver a fim desse rolê, pode pagar 10 euros a mais (a passagem normal custa em torno de 15 €) e ir do chamado “expresso”, que vai em linha reta. PUF! chegou!

Já na chegada da cidade você se admira, e não para de se admirar. O rio Tormes, que corta a cidade, ajuda a dar um ar mais medieval ainda, por que ali existe (além do rio, que é lindo) uma ponte romana, sim ROMANA (construída originalmente no SEC l), cruzando ele e chegando até a parte do centro histórico, que são basicamente, construções medievais, sim, MEDIEVAIS. Então, você vê a ponte e olha a cidade, pronto, você se sente uma cavaleiro chegando com seu grupo, cavalos, carroças de suprimentos enquanto uma trombeta soa do alto da torre da catedral (gigantesca) anunciando a chegada dos novos transeuntes. Claro, os cavaleiros somos nós, os cavalos, poltronas enfileiradas disciplinadamente, e o ônibus (com seu motorista) o maestro condutor dessa jornada pelas terras antigas.

Salamanca é uma cidade muuuito antiga! E tivemos a sorte de ter um super guia pela cidade, o orientador da minha mulher que nos encontrou lá. Certo, a história geralzona você pode ver na Wikipedia mesmo, normal (link para o espanhol, que é mais completo).

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A cidade é muito universitária, no séc XVl foi o apogeu da cidade, que foi considerada a capital intelectual da Espanha (junto com Toledo, a capital política, e Granada, a capital militar, formavam os três poderes espanhóis). E ainda hoje a cidade gira em torno do intelecto, das universidades e da vida universitária. Existem várias tradições, inclusive uma que eu preciso contar para vocês, de tão legal: se hoje em dia nossos jovens fazem grafite para se expressar, naquela época também. Claro, um pouco diferente de hoje, mas quando um estudante se formava, já no séc XV, era costume ele ser levado nos ombros pelos colegas, tínham uma noite de festa e comemoração e, agora chegamos ao ponto, eles faziam uma tinta (muito potente, por que dura até os dias de hoje) misturando sangue de boi e óleo e assinavam seus nomes e seus símbolos (cada estudante desenvolvia o seu símbolo) nas paredes de pedra dos edifícios da universidade. Não é demais? É!!! E ainda hoje os estudantes mantém essa tradição. Só que com tinta de hoje, ecológica, etc., etc., etc.

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Essas escritas em vermelho são as assinaturas deixadas pelos estudantes (algumas estão aí desde o séc XV).

Bom, como tem bastante coisa pra falar sobre salamanca, assim, logo de cara, resolvi dividir em dois Posts, por que ficou grande. Então em breve eu posto a segunda parte… To be continue… Hahahaha.

PARTE 02: Clique aqui!

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4 Comentários

  • Reply
    nih
    2 de fevereiro de 2017 at 12:19

    Adorei descobrir que você está registrando a viagem Danilo! *-*
    Estou em processo de ler todos os posts, mas Salamanca já entrou para a lista de lugares a se visitar na vida.
    E sobre as assinaturas, aí tem “grafite” do século XV e em São Paulo a gente não consegue conservar nem por 15 anos. Difícil viu? hahaha.

    Beijos e aproveitem muito aí!
    Ah, e continua postando que eu adoro acompanhar as viagens =D

    • Reply
      devirentropia
      2 de fevereiro de 2017 at 21:44

      Obrigado Line! Vamos que vamos! hahaha 😉

  • Reply
    Miguel
    3 de fevereiro de 2017 at 16:32

    Estou aqui viajando na minha cadeira.
    Simplesmente fantástico.
    Continue alimentando o Blog que a gente viaja junto.
    Abraços

    • Reply
      devirentropia
      3 de fevereiro de 2017 at 20:37

      Obrigado, Miguel! Fico feliz que esteja entrando nessa aventura com a gente! 😉

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