O que fazer em Bruges, na Bélgica? Esta pequena cidade antiguíssima tem uma história incrível. Já foi um grande centro comercial da Europa medieval e hoje vive do turismo, devido ao grande estado de conservação e preservação do centro histórico (medieval). Por ser pequena, é muito comum ser ponto turístico de um dia só, com bastantes lugares interessantes. Ir de trem para a cidade é muito cômodo e fácil, e as pessoas chegam na cidade principalmente por Paris, Amsterdam e Bruxelas.

Pronnnnto! Agora podemos continuar, vamos lá:
Eu fui da última. Saí de Bruxelas no trem das 9 e chegamos umas 10:15. Viagem tranquila, super confortável e com uma vista linda. De longe trem é o meio de transporte que eu, no momento, mais gosto (risos). Chegando nesse horário é super tranquilo e dá para aproveitar muito mesmo. A cidade é ótima para caminhar, mas você também pode alugar bicicletas e charretes. Com o mapinha dos pontos turísticos na mão, que ganhamos na estação, fomos em direção ao centrinho. A estação de trem fica bem perto, ela fica em uma área moderna, mas é só você atravessar a rua e uma ponte, que tem um rio com um muro de árvores, que você, em segundos, atravessa o portal para outro mundo, para outro cenário. Então vamos ao roteirinho que nós fizemos:
MinneWater (Lago do amor)
Seguindo o caminho do mapa, pelo rio, chegamos no nosso primeiro ponto, que é o Minnewater (lago do amor), onde antes era um ancoradouro de barcos, agora é um parque de ambiente romântico. Realmente é muito bonito. Nós fomos no final do invernos, então a paisagem estava entre a melancolia gótica trágica e romântica do inverno, mas também com verdes novos, pássaros, aromas, flores e cores românticas da primavera.
Ruelas, Becos e canais
Enquanto nós andávamos lentamente, achando uns becos lindos e mórbidos, não acreditando que as pessoas vivam ali, naquele cenário Disney (por que né, aquilo ali é quase uma maquete remontando ao passado medieval, de tão conservado), observando tudo, a Carol percebia a vida em volta, como o lindo gatinho da imagem abaixo, e eu imaginando histórias de bruxas antigas. E é claro que para mim aquele gato era uma bruxa disfarçada, não tenho dúvidas, rss.
Begijjnhof
Centro religioso que abriga as irmãs da Ordem Beneditina, as mulheres solteiras (que se declararam casadas com Deus). É um lugar super tranquilo e com um lindo jardim, que ganhou fama como ponto turístico pelas famosas casinhas brancas (mas não só). Aqui, sinceramente, o lugar é lindo, mas não nos sentimos atraídos em entrar, dei um relance pelo portão, mas não rolou. Queríamos continuar andando e fazer outras coisas, e a primeira delas era achar um bom café.
Lojas, restaurantes, Cafés
Passando a Begijnhof tem uma área com vários bares, restaurantes e lojinhas, assim como em muitos outros pontos da cidade, pequenas áreas abertas em cruzamentos das ruinhas.
Fomos com a ideia de tomar um café da manhã simples por lá, um cafezinho com um croissant de manteiga, por exemplo (bem comum por aqui), mas não deu muito certo. Como não pretendíamos gastar muito nessa viagem, o preço das coisas nos surpreendeu. O café da manhã mais básico custava em torno de uns 15 euros. Sim, um café da manhã daqueles tipo refeição, com ovo, bacon, frutas, comidas variadas e pães, etc. No fim deu certo, achamos um maravilhoso café por 1,50 Euros, no copinho (o famoso Take away = para levar) e fomos andando ao nosso próximo ponto, um dos que eu mais queria ver: a igreja de nossa senhora (você já saberá porquê).
Restaurante é o que não falta pela cidade. Os pontos mais legais que vimos foram os pertos dos canais, de frente para ele, como o 2BE bar e região, das ruas e regiões da praça maior e outras praças por ali. Nós almoçamos uma ótima lasanha bolonhesa feita em casa em um restaurantezinho muito legal, e com direita a cerveja Belga! Tem comida para todos os gostos e preços. As coisas mais tradicionais de almoço lá são pratos com peixes e frutos do mar, lasanha (pelo menos tem em todo lugar) e outros tipos de comidas fortes porque lá é um lugar frio
Igreja de Nossa Senhora
Em um trecho muito bonito da cidade, depois de cruzar uma ponte muito legal, onde eu encontrei o senhor ursinho Poh-Marinheiro-Bad-Ass meio polvo (imagem abaixo), chegamos na igreja, que para variar um pouco, é enorme. Para entrar pagamos 4 euros cada um. O local de visitação da igreja é pequeno, mas o que vale a pena mesmo, e o porquê de ela ser tão famosa é que tem uma madonna, uma escultura original do Michelangelo da Virgem com seu bebê. É uma das pouquíssimas obras do Tío Mic fora da Itália. Ela foi doada para a igreja por uma dessa família ricas e antigas, a looooong time (race against time phrase) ago. E virou atração né, como não poderia de ser.
Ponto alto do Canal
Um dos lugares bons para tomar uma cervejinha é a curva do canal, cruzamento das ruas Wollestraat com Rozenhoedkaai (vishhh, que?), ali tem pontos e bares (como o 2BE) para você ficar tranquilo conversando, vendo a paisagem e o pessoal andando de barco no canal.
Ah, claro, para os que gostam, tem passei de barco pelos canais. É outra maneira de conhecer a cidade. Apesar de eu adorar barcos e água e todo esse rolê, não achei muito interessante porque os barcos tem muita gente e tive a impressão de que não dá pra conhecer muito a cidade neles. Se você tem algumas horas, não vale a pena (na minha opinião), só se você vai ficar tipo, 2 dias. Olhando a cara da galera naquele barquinho lotado e leeeento, me pareceu que eles estavam entediados. Sorry.
Plaza Mayor / Market
Toda cidade dessas mais antigas tinha uma mega praça de convívio e mercado, e essa de Bruges, cara, é linda, grande e imponente, principalmente o Campanário. Nessa praça tem restaurantes, vários eventos acontecendo (quando fui estava rolando uma exposição do Salvador Dali no campanário), tem bicicletas para alugar, charretes, etc. não importa a caminhada que você faça, você vai cair nessa praça.
Igreja do Sangue Sagrado
Continuando pelo caminho da Plaza Mayor, chegamos em um largo onde fica a igreja do sangue sagrado. É um dos pontos mais visitados, já que ali, segundo as crenças, tem um frasco com o sangue de cristo. E tem missas diárias para celebrar o sangue. Para subir e conhecer, como é de costume, é pago, pelo que lembro uns 3 Euros. Mas dessa vez, como queríamos andar mais, resolvemos não entrar (mesmo por que não parece ter muita coisa, é bem pequeno).
Moinhos
A partir daí, fomos dar umas voltas mais afastadas do centro, para conhecer mais os lugares. Ruelas desertas, um clima muito mais calmo. Fomos até a porta da cidade, um forte de proteção antigo, e dali fomos até os moinhos da cidade, muito bonitos,
Igreja de Santa Ana
Esta é a igreja Tema para mim, e o principal motivo por eu ter escolhido este trilha sonora (dê o play lá no começo do texto, caso você não tenha dado ainda)!
Andando pelas ruinhas retorcidas dei de cara com essa igreja. Bom, eu que sou um ser que vivo no mundo da imaginação, onde existem dragões, cavaleiros, fadas, poderes mágicos e seres dos mais estranhos e abstratos, logo vi a igreja do jogo Diablo (I, II e III). Você já jogou? Já, viu? Não necessariamente a igreja exata, mas o “clima sombrio”. Pode falar o que for, igrejas são lindas, são legais, mas não deixam de ser sombrias.
Essa igreja, para mim, é espetacular, fiquei uns bons minutos olhando ela, parado, no frio, com aquele dia lindo, imaginando histórias do tipo “contos de terror da idade média”.
Praça do Teatro Municial
Depois que passamos pela igreja, passamos pelo bar mais antigo de Bruges (Vlissingle), de 500 anos, e chegamos na praça do teatro municipal, onde tem o museu da batata frita. Outro lugar legal de comer alguma coisa e caminhar.
Os famosos WAFFLES
Como não ir à Bélgica e não comer os famosos Waffles? Em Bruges, por todo lugar que você for você verá plaquinhas de Waffles. No fim do dia, antes de voltar para a estação, nos sentamos em um lugarzinho bem legal para saborear um. Olha, eu já havia comido uns no Brasil, mas sinceramente não tinha nada a ver. Nós gostamos mais do simples, o Waffles com o açúcar de confeiteiro ou só com caramelo, que é o basicão. Mas tem para todos os gostos, com chocolate, sorvete, cremes, de tudo. Não deixe de comer um se você for pra lá, está bem?
Bruges é um lugar excelente para passar um dia tranquilo e proveitoso, tem muitas coisas pra ver, dezenas de museus, lojinhas, bares, restaurantes, igrejas… De verdade, eu não vi necessidade de entrar em vários lugares, mas vai de cada um. Para nós, o legal é estar ali, vivendo o momento, sentindo a experiência, respirando o ar, imaginando tudo. Tomar um café em um lugar legal, descobrir um pouco da história do lugar. Para quem quer um recanto tranquilo com um toque literário para passar uns dias, descansar, parece ser um lugar ótimo.
Depois desse passeio no tempo, voltamos para a estação e pegamos o trem de volta. É super tranquilo (e lotado). Se tiver a oportunidade, vá de dia de semana, que já é cheio, por que de fim de semana é muito lotado, nos falaram. e fique tranquilo quanto aos trens, a estação é grande e tem bastante trens. Para Bruxelas, por exemplos, tem trem de hora em hora.
Essa foi a nossa viagem para Bruges, e a sua como foi? e para você que não foi ainda, espero que esse relato/roteiro possa te ajudar no seu passeio! Se tiver alguma dúvida, sugestão ou se apenas gostou, deixe um comentário e acompanhe também pelas redes sociais. Beijos e abraços 🙂
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